domingo, 27 de novembro de 2011

Como cães e gatos


Homens e mulheres são animais. Espécies incompletas e distintas que necessitam um do outro para existir. Dois caminhos para o mesmo lugar.

O homem é como um cão.

Cães são explícitos, diretos, barulhentos. O cão, querendo algo, pede, chora, late. Pula em cima do benfeitor clamando a urgência da atenção.

Cães são determinados: querem suas vontades realizadas logo. Não desistem até conseguir, ou apanhar do mundo.

A vida é curta para ser racional demais.

Mulheres são como gatos.

Gatos não pedem, indicam. Criam condições e sinais para que o alvo entenda o recado. São sedutores e sabem que o prêmio perde a graça sem competição.

Gatos não solicitam massagens: comentam das costas doloridas.

Inteligentes e calculistas, eles tem nos movimentos delicados as mais brutas intenções.

Gatos trocam olhares, provocam. Avançam silenciosamente pelo recinto e se deixam disponíveis. Cães se jogam aos seus pés esmolando o carinho alheio.

Mulheres: homens são bobos. Somos seus... E sabemos que não darão o braço a torcer autenticando a reciprocidade. Mas gostamos disso!

Neste jogo, paixão e estratégia são trunfos perigosamente magníficos. Um passo em falso, e perdemos peças no tabuleiro.

Buscando a dose perfeita, bebemos da vida e tentamos equilibrar a balança.

Ganhemos todos e que vençam os melhores.

E se for para perder, que seja um se perdendo no outro, até o fim!