Homens e mulheres são animais. Espécies incompletas e distintas que necessitam um do outro para existir. Dois caminhos para o mesmo lugar.
O homem é como um cão.
Cães são explícitos, diretos, barulhentos. O cão, querendo algo, pede, chora, late. Pula em cima do benfeitor clamando a urgência da atenção.
Cães são determinados: querem suas vontades realizadas logo. Não desistem até conseguir, ou apanhar do mundo.
A vida é curta para ser racional demais.
Mulheres são como gatos.
Gatos não pedem, indicam. Criam condições e sinais para que o alvo entenda o recado. São sedutores e sabem que o prêmio perde a graça sem competição.
Gatos não solicitam massagens: comentam das costas doloridas.
Inteligentes e calculistas, eles tem nos movimentos delicados as mais brutas intenções.
Gatos trocam olhares, provocam. Avançam silenciosamente pelo recinto e se deixam disponíveis. Cães se jogam aos seus pés esmolando o carinho alheio.
Mulheres: homens são bobos. Somos seus... E sabemos que não darão o braço a torcer autenticando a reciprocidade. Mas gostamos disso!
Neste jogo, paixão e estratégia são trunfos perigosamente magníficos. Um passo em falso, e perdemos peças no tabuleiro.
Buscando a dose perfeita, bebemos da vida e tentamos equilibrar a balança.
Ganhemos todos e que vençam os melhores.
E se for para perder, que seja um se perdendo no outro, até o fim!