domingo, 8 de novembro de 2009

Vícios

Às vezes soa meio inacreditável que seja possível viciar em uma pessoa. Mas no fim das contas nem é tão difícil assim de acontecer.
Não digo o vício propriamente dito semelhante às drogas etc, mas algo no mesmo patamar no sentido de que há momentos que parece fisiologicamente necessário encontrar certa pessoa e que o prazer proporcionado consequente deste encontro é igualmente satisfatório como outros vícios que sofrem um período de abstinência.
E quando digo tudo isso, falo de simplesmente ver o sorriso da pessoa vindo em sua direção.
De ficar sentado no sofá, trocando idéias, conversando, contando as coisas do seu dia, ouvindo com o maior interesse do mundo as coisas dela também.
Das mãos entrelaçadas. Dos dedos brincando. Do frio e do calor corporal que no fim das contas acabam sendo uma só temperatura. Do perfume. Da respiração.
De ver um filme em um sábado caseiro à noite.
De conhecer um passado do qual não participou. De viver um presente.
De rir de uma piada boba.
De achar legais suas manias e meticulosidades, métodos e conceitos.
De se interessar por sua escrita, seus pensamentos.
De dialogar. De filosofar. De olhar. De observar ...

E escrevo tudo isso sem vergonha nenhuma de admitir que é tudo verdade.