segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

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Imagens recentes. Cotidiano. Mediocridade. Análise. Revolta.

Cobradores de ônibus ex-punks infelizes com a atual realidade, consequente do descaso com o futuro próximo e prioridade excessiva para guitarras distorcidas, botas sujas, camisetas rasgadas e teorias conspiratórias/anarquistas.
Topetes tingidos, oratórias precárias que desvalorizam a imensidão da língua materna, marcas de surf e músculos doentemente fortificados expostos para esconder a deterioração mental.
Saias, shorts, pernas, cores, pop art, iPods, Zíbia Gasparetto, cabelo chanel e ombros.
Óculos escuros, frutas nos lábios semi-abertos, sorrisos, malícia, duplo sentido, ângulos fotográficos tendenciosos e niveis culturais irrelevantes. Comparações absurdas.
Estradas, aviões, computadores, cds e tensão.
Um casal e uma menina de aproximadamente três anos que se divertia como nunca em um show de rock alternativo em um sábado à tarde no Centro Cultural da Cidade de São Paulo.
Grupos musicais florescentes, encobrindo a música padrão-melada-nada-original com combinações de um vestuário que mais parecem uma caixa de 24 cores de lápis aquarela da Faber Castell, além dos bicos, poses e mãos para muito romance descartável e pouco conteúdo verdadeiro.

Falta cultura. Falta interesse. Procura.
Muito contentamento para pouca constestação.
Faltam diferencial, letras, harmonia. Falta pensar. Trabalhar. Querer evoluir.
Sobra virtuosismo.
Encadeamento básico de acordes. Sequências idênticas usadas em discografias inteiras.
Sobram mesmices e rimas com verbos no infinitivo.

A cultura nivelada pelos dez mais lidos na revista Veja.
Tesouros esquecidos. Renegados. Exóticos demais para quem deseja pensar de menos.

Entristece não poder respeitar muitas das opiniões.

O alternativo é proporcional à preguiça mental humana.