quarta-feira, 23 de junho de 2010

[stop]

Acho que eu ando com um bloqueio criativo nos últimos tempos.

Não que me faltem idéias para as quais desenvolver longos e confusos parágrafos enrolados como é do meu feitio, mas justamente pela abundância de assuntos para falar e outras tantas razões indefinidas que as palavras me escapam do teclado.
Antes mesmo deste texto, por exemplo, ouvi quinhentas mil duzentas e oitenta e cinco músicas, passei por quatro ou cinco sites de notícias, comecei e terminei uns três e meio assuntos. E nada fluía. As palavras que geralmente me vêm mais fácil que perfume contrabandeado do Paraguai nas últimas semanas têm encontrado a resistência da Receita Federal mental deste meu cansado cérebro desiludido.

Eu realmente não sei qual é o vírus que contamina a minha criatividade. Será o stress de encarar um trabalho sério pela primeira vez na vida? A falta de concentração oriunda de minha felicidade atual, tornando difícil descrever o mar quando se está com a cabeça nas nuvens? Ou será que eu já gastei toda a minha munição verbal e agora tento apenas tirar leite de pedra?

Não. Já passei por isso antes. Tudo que preciso é de um lugar silencioso, um dia inteiro sozinho para escrever, e café.

Ainda assim, um dia volto a escrever bem. Mas, por enquanto, não havendo nada para acrescentar, tão pouco irei escrever.